Escritório ‘Casamatta’ é construído com materiais reciclados e resíduos reaproveitados
A missão do grupo era criar um projeto que não tivesse exploração de novos recursos por meio do aproveitamento de materiais reciclados ou descartados, repensando seu uso original
Um grupo de estudantes italianos da Universidade Politécnica de Milão desenvolveram um projeto que consiste na construção da restauração de um moinho histórico chamado Casamatta. O projeto visa reestruturar uma parte do imóvel para servir de centro de voluntariado ambiental, reaproveitando resíduos (tijolos, janelas, cortiça, madeira) fornecidos por empresas locais. Este espaço é um antigo moinho protegido localizado perto de Varese, no norte da Itália, que tem como objetivo valorizar a aldeia como local de encontro.
A missão do grupo, composto pelos alunos Federica Melis, Federico Cortes e Tommaso Gatti, era criar um projeto que não tivesse exploração de novos recursos por meio do aproveitamento de materiais reciclados ou descartados, repensando seu uso original e que não tivesse impacto econômico .
“Neste contexto, as fases de concepção foram invertidas: os materiais disponíveis determinaram de forma decisiva a composição do projeto”, afirmam os alunos. “o Projeto Casamatta nos deu a oportunidade de questionar tudo o que até agora tínhamos aprendido nos estudos de arquitetura: uma possibilidade de olhar de outra perspectiva para algo que observamos há anos do mesmo ponto de vista.”
Durante o desenvolvimento do projeto, o grupo precisou redefinir a função das janelas que compõem o ambiente do escritório. Para resolver esse desafio, a solução foi duplicar as janelas e criando um sistema composto por dois painéis de vidro separados por um espaço vazio.
Essas novas janelas acabaram se parecendo com “vitrines”, que poderiam ser preenchidas com resíduos, mantendo uma relação visual entre o interior e o exterior do escritório. Então, as vitrines foram preenchidas com rolhas de vinho, bolas de poliestireno e serradura de trabalhos anteriores, jornais velhos amassados e compostos plásticos obtidos a partir da reciclagem de sobras da produção industrial. Além da função visual, esses materiais também aumentam o isolamento térmico dentro das vitrines.
Foram utilizados para as partes restantes da parede painéis de fibra de madeira e sobras de construções anteriores, a presença destes materiais também fez com que a parede adquirisse uma conotação didática, passando a ser o manifesto da Casamatta, cuja abordagem materializa o conceito de economia circular.
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